Será que o Islão se expandiu à base da força?

12-04-2009 02:00

Islam é a religião que mais se expande quer na Europa quer nos EUA, onde existem cerca de seis milhões de muçulmanos que seguem esta religião sem que ninguém os tenha forçado para tal. Um artigo publicado pela Readers Digest em 1986, revelou que o número de muçulmanos em todo o mundo cresceu 235% e o de cristãos teve um aumento de 47%.

 

Agora pergunta-se: Que espada ou força foi utilizada para atrair esses milhões de pessoas para abraçarem o Islam? Se de facto foi pela espada, então foi a espada de prudência que conquistou os corações e mentes dessas pessoas. O Islam em si é tão forte que não necessita de utilizar força para atrair as pessoas; a superioridade moral e intelectual do Islam manifestou-se claramente na sua história e é por essa razão que esta é a religião monoteistica com o crescimento mais rápido.

 

Bem disse um líder religioso africano: “Quando os europeus cá chegaram, tinham a Bíblia na mão e nós tinhamos a terra; porém, numa mera distracção, eles levaram-nos a terra e deixaram-nos com a Bíblia!

Os africanos ainda não se esqueceram que as tropas coloniais que vinham para África, eram abençoadas e encorajadas pelo Papa e pelos cardeais católicos ao deixarem as suas terras. Talvez a Igreja tenha-se inspirado nos seguintes versículos bíblicos, o que levou-os a agir daquela forma:

E, quando aqueles meus inimigos que não quiseram que eu reinasse sobre eles, trazei-os aqui e matai-os (degolai-os) diante de mim.” [S. Lucas 19:27]

Não cuides que vim trazer a paz na terra; não vim trazer a paz, mas a espada.” [S. Mateus 10:34]

 

Por outro lado, o Al-Qurán condena que alguém seja obrigado a abraçar o Islam, pois ALLAH diz:

“Não há constrangimento na religião (para aceitar), pois o caminho verdadeiro já está distinto do errado.” [Al-Qur’án 2:256]

Portanto, não é permitido forçar a quem quer que seja, a abraçar o Islam, e isto é claramente evidenciado pelo versículo citado.

 

A afirmação de que o Islam se expandiu à base da espada não é mais do que um produto de inveja e intolerância por parte daqueles que tentam, infelizmente, ir contra a maré do avanço da mensagem natural e humana desta pura religião, que fora aceite espontânea e universalmente onde ela chegasse.

O Islam não se expandiu à base da força. Todas as batalhas travadas pelos muçulmanos foram de carácter defensivo. ALLAH diz a respeito da permissão da guerra:

“A permissão foi dada aos que foram combatidos (pelos descrentes) para usar armas, porque foram oprimidos. Na verdade, ALLAH é capaz de socorrê-los; são os que foram injustamente expulsos dos seus lares, só porque disseram: Nosso Senhor é ALLAH.” [Al-Qur’án 22:39-40]

E diz ainda:

“Combatei pela causa de ALLAH, aqueles que vos combatem, mas não sejais os primeiros a agredir (provocar), pois ALLAH não ama os agressores.” [Al-Qur’án 2:190]

 

E mesmo durante essas guerras, é proibido molestar mulheres, crianças, idosos e deficientes. Se a força tivesse sido usada para obrigar os descrentes a aceitarem o Islam, porque é que uma grande maioria da população em todo o mundo ficou fora do recinto do Islam?

Portanto, as batalhas que foram travadas pelo profeta Muhammad (sallallaho alaihi wassalam) foram de carácter defensivo, pois todas elas foram travadas próximo de Madina, o que significa que os Quraishitas saíam de Makkah em direcção à Madina a fim de atacarem os muçulmanos e, obviamente, estes tinham que se defender.

 

A existência de minorias cristãs na Ásia é suficiente para provar a tolerância islâmica, pois aquando da governação islâmica nos países como Índia e outros, não se impôs a conversão ao Islam. Mas o mesmo não aconteceu com os muçulmanos na Península Iberica, durante as inquisições dos cristãos europeus, etc.

A existência do Massjid de Xian, na China, construída no século VII e remodelada mais tarde, é prova de que o Islam chegou à China durante a Dinastia Tang, sem que para lá se tenha enviado algum exército!

Outra grande prova é a Indonésia, o país com a maior população islâmica do mundo, onde nunca sequer chegou algum exército muçulmano; como é que todos eles abraçaram o Islam?

 

Foram os belos ensinamentos do Islam e o comportamento dos muçulmanos em geral, incluindo comerciantes e visitantes, que convenceram os povos a abraçarem o Islam em várias partes do mundo, assim como é o caso de maioria dos países da África Oriental e Setentrional.

Para os historiadores imparciais, não há nada mais deplorável do que esta propaganda cobarde contra aquilo que é mais justo no Mundo.

E, porque “Islam” significa Paz, torna-se claro mesmo para aqueles que não são muito inteligentes, que o Islam nunca pode defender a agressão bruta. Para finalizar, citamos algumas opiniões de eruditos muçulmanos e não-muçulmanos a esse respeito:

 

A História esclarece que a lenda sobre fanáticos muçulmanos varrendo o mundo e forçando para o Islam através da espada as pessoas conquistadas, é um dos mitos mais fantasticamente absurdos que os historiadores têm repetido!” - Lacy O´Leary, “Islam at Crossroads”, London, 1923

 

Nenhuma outra religião na História se expandiu tão rapidamente como o Islam. O Ocidente acreditou amplamente que esta expansão religiosa foi possível apenas através da espada. Porém, nenhum erudito moderno aceita esta ideia, e o Qur’án é explícito no suporte à liberdade de consciência.” - James A. Michener, “The Misunderstood Religion”. Readers Digest (American Edition), May 1955.

 

Estes factos bem estabelecidos induzem a ideia amplamente fomentada nos livros cristãos, de que os muçulmanos, para onde iam, forçavam as pessoas a aceitarem o Islam com a ponta da espada falsa.” - Lawrence E. Brown, “The Prospects for Islam”. 1944

 

Que guerra ocorreu neste século para converter milhões de pessoas ao Islam?” - Dr. Zaquir Naik

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