O Shirk (idolatria)

10-04-2009 23:23

"Deus jamais perdoará quem lhe atribuir parceiros, conquanto perdoe os outros pecados, a quem lhe apraz. Quem atribuir parceiros a Deus desviar-se-á profundamente." (Alcorão 4:116)

 

E assim, muitos versículos do Alcorão advertem os crentes contra a idolatria e os previne deste pecado maior. Eis alguns exemplos:

 

"Ó crentes, na verdade, os idólatras são impuros…" (Alcorão 9:28)

 

"Consagrai-vos a Deus; e não lhe atribuais parceiros, porque aquele que atribuir parceiros a Deus, será como se houvesse sido arrojado do céu, como se o tivessem apanhado as aves, ou como se o vento o lançasse a um lugar longínquo." (Alcorão 22:3l)

 

"Recorda-te de quando Lucman disse ao seu filho, exortando-o: ó filho meu, não atribuas parceiros a Deus, porque a idolatria é uma grave iniquidade." (Alcorão 31:13)

 

"Dize: sou tão-somente um mortal como vós, a quem tem sido revelado que o vosso Deus é um Deus único. Por conseguinte, quem espera comparecer perante o seu senhor que pratique o bem e não associe ninguém ao culto d'Ele." (Alcorão 18:110)

 

As coisas que os pagãos associam a Deus não têm, na verdade, qualquer qualidade divina. Deus informa no Alcorão que tais parceiros que lhe são atribuídos não ajudam nem prejudicam (10:18), não criam nada (10:34), não podem ajudar ou socorrer (7:192) e não conduzem ninguém ao caminho recto (10:35). Embora pareça claro que tais criaturas são impotentes, a razão pela qual os pagãos as tomam por parceiros de Deus é o facto de elas possuírem algumas qualidades de Deus.

 

Por exemplo, a autoridade, a soberania, a supremacia e a prosperidade que um governante transgressor possui, na verdade pertencem a Deus. Nesta vida na terra, Deus concede aqueles atributos ao governante até a um certo limite. No entanto, temer aquele governante, afirmando que ele possui aquelas qualidades e obedecê-lo nas suas determinações contra Deus, é transformá-lo em parceiro de Deus. Esse governante não é nem Deus nem possui qualquer poder sobre coisa alguma. Quem quer que respeite o governante como um ser divino e o obedeça cegamente, na verdade esta adorando um falso Deus criado por sua imaginação. Assim diz o Alcorão:

 

"Não é certo que é de Deus aquilo que está nos céus e na terra? Que pretendem, pois, aqueles que adoram os ídolos em vez de Deus? Não seguem mais do que a dúvida e não fazem mais do que inventar mentiras!" (Alcorão 10:66)

 

Aquele que adora alguém além de Deus sofrerá o mais profundo arrependimento no além, quando descobrir que o objecto da sua adoração, na verdade, não possuía qualquer qualidade. As coisas que ele prefere ou adora na terra transformam Deus, o único que tem o poder, a honra e a glória, o único que é protector, em inimigo. Os seus ídolos o abandonarão quando se encontrarem sozinhos no além.

 

"Um dia em que os congregaremos a todos, diremos aos idólatras: ficai onde estais, vós e vossos parceiros! Logo os separaremos, então, os seus parceiros lhes dirão: não era a nós que adoráveis! Basta Deus por testemunha entre nós e vós, de que não nos importava a vossa adoração. Aí toda alma conhecerá tudo quanto tiver feito e serão devolvidos a Deus, o seu verdadeiro senhor; e tudo quanto tiverem forjado desvanecer-se-á." (Alcorão 10:28-30)

 

"Então ser-lhes-á dito: onde estão os que idolatráveis, em lugar de Deus? Responderão: desvaneceram-se. E agora reconhecemos que aquilo que antes invocávamos nada era! Assim, Deus extravia os incrédulos." (Alcorão 40:73-74).

 

O Alcorão define a situação final dos pagãos desta forma:

 

"E quando presenciaram o nosso castigo, disseram: cremos em Deus, o único, e renegamos os parceiros que lhe atribuíamos. Porém, de nada lhes valerá a sua profissão de fé quando presenciarem o nosso castigo. Tal é a lei de Deus para com os seus servos. Assim, então perecerão os descrentes." (Alcorão 40:84-85).

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