O Hijab (lenço islâmico)

12-04-2009 01:54

Hoje em dia e em muitas sociedades, particularmente no Ocidente, a mulher pode andar semi-nua em público, nadar só com o biquíni, servir em bares e clubes, fumar, beber, dançar em discotecas e ter relações sexuais com qualquer um que lhe apeteça.

Ela pode até servir gratuitamente uma prostituta ao namorado e é livre de assassinar a sua criança, caso engravide. Pode ainda competir no mundo dos negócios, usando o seu corpo para promover produtos comerciais.

E no final de tudo isso, ela será tida e vista como uma mulher verdadeiramente “livre”. Repare que a capa de qualquer revista ou anúncio publicitário, descobre-se que a maioria deles apresenta mulheres pouco vestidas e em poses provocantes, a fim de atrair a atenção dos homens. Isso prova que a sociedade Ocidental considera a mulher somente como um símbolo sexual.

 

No entanto, a libertação da mulher no Islão é muito mais séria, nobre e dignificada, ao contrário das sociedades chamadas “modernas”, onde as mulheres são tratadas como não mais do que um objecto sexual. Hoje em dia, é muito fácil condenar as leis islâmicas no Ocidente, que protegem a pureza de propósito e a mistura de sexos em todos os níveis da sociedade. No Islão, a libertação da mulher é muito superior comparando à ocidental, pois permite-lhe viver com respeito, dignidade, honra e igualdade na sociedade.

 

Igualdade não significa parecer ou comportar-se como o homem ou dançar para seus ritmos carnais; isso seria um acto de inferioridade face à feminidade da mulher. A mulher verdadeiramente livre veste-se sempre com decência e modéstia. Uma verdadeira mulher nunca degrada o seu corpo nem vende a sua dignidade, por maior que a oferta seja. Nenhuma mulher é verdadeiramente livre, se ainda for escrava de sua consciência caprichosa, luxo corporal ou infidelidade. No Islão, se a mulher é mãe, esposa, irmã ou filha, comanda respeito e tem um papel construtivo na sociedade.

 

O próprio Hijáb confere uma aura de liberdade feminina, facilitando a movimentação dela e protegendo-a da provocação e ganância indesejável dos lobos humanos. Remover o Hijáb torna a mulher vulnerável à luxúria dos homens. Ao remover o Hijáb, a mulher está a destruir a sua fé.

Islão significa submissão a ALLAH em todos os nossos actos; aqueles que a recusam não podem ser chamados muçulmanos. ALLAH diz no sagrado Al-Qur’án:

“Diz (ó Muhammad) aos crentes (homens) que baixem os seus olhares e conservem os seus sexos; isto é mais puro para eles. Deus está informado de tudo aquilo que fazem. E diz (ó Muhammad) às crentes (mulheres) que baixem os seus olhares e conservem os seus sexos; e não mostrem os seus adornos além daquilo que aparece necessariamente.

E que baixem seu véu sobre os seios e não exibam seus adornos senão aos maridos, seus pais (incluindo os avós paternos e maternos), seus sogros, seus filhos (incluindo os netos), seus enteados, seus irmãos (incluindo meio-irmãos), aos filhos de seus irmãos, ou aos filhos de suas irmãs, às mulheres (muçulmanas e outras de boa conduta), aos seus escravos, seus criados isentos de desejo sexual (eunucos), ou às crianças que não descobriram a nudez da mulher. Que não agitem seus pés, para que não chamem a atenção sobre seus atractivos ocultos. Ó crentes! Voltai-vos todos arrependidos a ALLAH, a fim de que vos salveis.” [Al-Qur’án 24:30-31]

 

DEFINIÇÃO DE HIJÁB

 

Há muitas muheres que falham em compreender o verdadeiro significado de Hijáb. Tecnicamente, esta palavra significa “cobertura”. O Islão deseja a preservação da tranquilidade social e paz familiar. Para tal, é necessário que as mulheres se cubram, baixem os olhares e guardem a modéstia na sua interacção com os homens com os quais elas não tenham parentesco, de acordo com as normas islâmicas. Basicamente, a vestimenta da mulher deve cobrir todo o corpo, excepto a face, as mãos (palmas e dedos) e os pés. O cabelo não deve ser exposto, pois o Islão considera-o metade da beleza da mulher.

O Hijáb pode ser de qualquer forma ou côr, uma única peça ou um conjunto de peças, desde que não seja transparente nem apertado de forma que mostre os contornos do corpo; não deve atrair a atenção das pessoas.

 

A NECESSIDADE DO HIJÁB

 

As consequências perigosas da cultura ocidental quanto à nudez e permissividade estão bem claras. Deve-se pensar e reflectir com muita cautela antes de imitar cegamente o estilo de vida ocidental. Por exemplo, se colocarmos carne fresca à disposição, sem qualquer cobertura, e os cães comerem-na, a culpa será dos animais ou da carne destapada?

É óbvio que o problema estará na carne destapada, pois se a mesma estivesse conservada na geleira ou mantida constantemente tapada, nada disso teria acontecido.

Da mesma forma, se a mulher cobrir convenientemente o seu corpo, assim como ditam as regras do Hijáb, e demonstrar a sua modéstia, muitos desastres e imoralidades poderão ser evitados.

 

Certa vez, quando questionaram ao líder duma quadrilha de violadores, este respondeu: “A mulher possui a arma da sedução; é ela quem reduz o seu vestuário, coloca o perfume, a maquilhagem e sai à rua dessa forma. Coloca à disposição de todos o seu peito, as costas, os ombros e as coxas, vestindo mini-saias, por vezes ainda com rachas, e blusas transparentes ou peças apertadas. Depois segue-se o olhar, o sorriso, a conversa e o encontro. Por fim, surge o crime e encontramos um juíz sem piedade, que nos condena a 65 anos de prisão!

 

De acordo com um estudo publicado recentemente em Washington, aproximadamente 1.900 mulheres são violentadas diariamente nos EUA, o que pinta um quadro muito pior em relação aos anúncios feitos pelos representantes do Departamento de Justiça desse país.

O Centro Nacional de Vítimas, que promove o direito das vítimas de crimes violentos, afirmou que 1,3 mulheres adultas são violentadas a cada minuto e 683.000 mulheres americanas são violentadas todos os anos, baseando-se num questionário aplicado a mais de 4.000 mulheres, incluindo 579 vítimas de violação. Uma em oito mulheres americanas adultas foi violentada, perfazendo um total de pelo menos 12,1 milhões de vítimas de estupro [Reuters].

 

OBJECÇÕES SEM FUNDAMENTO CONTRA O HIJÁB

a) Aprisiona a mulher

Aquele que sente que o Hijáb aprisiona a mulher, não deveriam viver dentro duma casa, pois esta se assemelha muito mais a uma prisão do que o Hijáb; com o Hijáb, a pessoa pode sair à vontade de casa.

b) Subordina a mulher

De facto, a cultura que promove a nudez leva as pessoas próximo à cultura animal. Pelo contrário, o Hijáb liberta a mulher da armadilha da moda ocidental e suas respectivas doenças; ao invés de menor, dá à mulher uma maior liberdade e mobilidade.

c) Porquê apenas para a mulher?

A ciência confirma que a estimulação visual tem papel predominante na psicologia dos homens, comparado às mulheres. O facto da indústria sexual ocidental alvejar principalmente o mercado masculino e, os próprios homens assim como as mulheres, todos provam essa realidade.

d) Vítimas de ridicularização

Algumas muçulmanas vêm com desculpas que os não-muçulmanos troçam delas quando observam o Hijáb e que sentem-se degradadas por isso. Eles podem rir por um curto período, mas após algum tempo, não terão outra escolha senão respeitar as mulheres muçulmanas que observam o Hijáb com disciplina e que não se abalam com brincadeiras irracionais (a não ser que estejam interessadas em participar nessas brincadeiras). Devemos lembrar-nos do conhecido ditado: “Ri melhor quem ri por último”!

e) A beleza deve ser apreciada

Correcto, mas apenas pelo marido. Portanto, a mulher que realmente ama o seu marido, jamais desejará expôr o seu corpo aos demais, o que faz com que o marido venha a compartilhar com os outros aquilo que deveria ser exclusivamente para si; certamente que isto não pode ser chamado amor.

 

VANTAGENS E DESVANTAGENS

Ao observar o Hijáb, a mulher usufrui das seguintes vantagens:

a) Confiança na participação social como ser humano e não como objecto sexual;

b) Defende-se contra os olhares luxuriosos dos homens;

c) Não desvia a atenção das pessoas, quer em trabalhos sociais ou outros lugares;

d) Aumenta o carácter moral da sociedade.

Pelo contrário, quando ela se afasta do Hijáb, depara-se com as seguintes desvantagens:

a) Torna-se alvo fácil de elementos anti-sociais;

b) Causa insegurança e suspeita na mente do marido, acabando por perturbar a harmonia familiar;

c) Instiga os jovens a se desviarem para o caminho da luxúria e da imoralidade;

d) Culmina com o surgimento de divórcios, adultério, violação e crianças ilegítimas. Portanto, vê-se claramente que a mulher pode atingir a dignidade pura e experimentar a verdadeira emancipação somente com a observação do Hijáb; abandonando-o, ela não terá sucessos.

 

 

CONCLUSÃO

O Hijáb é uma das acções mais virtuosas e é um sinal de honra para a mulher, permanecendo como um escudo de protecção contra os homens que tenham intenções malvadas.

Existem muitas muçulmanas que se importam mais em agradar a si mesmas e aos descrentes do que agradar a ALLAH. Pois não se esqueçam que o objectivo da nossa existência é cultivar amor e afeição para com ALLAH e Seu Mensageiro (sallallaho alaihi wassalam). Como é que poderemos cultivar esse amor enquanto estivermos a desobedecê-Lo? Aqueles que realmente amam a ALLAH, nada farão que seja contrário aos Seus comandos e o Hijáb é também uma ordem de ALLAH. O sagrado profeta Muhammad (sallallaho alaihi wassalam) afirmou que a mulher que não observa propriamente  o Hijáb, está arrogantemente a desafiar o comando de ALLAH.

Certa vez, um Imám disse: “A modéstia é o símbolo da fé e quem não tem modéstia (Hijáb) não tem religião”.

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