Imam Ahmad ibn Hambal

12-04-2009 00:42

Imám Ahmad Ibn Hambal (RA) é descendente da família dos Quraish. A sua linhagem está ligada a Ibrahim (AS). Seu pai era um polícia, que faleceu quando o filho tinha apenas 2 anos, tendo a sua mãe, suportado sozinha a sua criação e educação.

 

A sua educação formal teve início em Bagdad (Iraque), quando contava com 16 anos de idade. Lá participou nas lições de Hadices e juntou-se às aulas de Imám Abu Yussuf (RA) (aluno de Imám Abu Hanifa (RA)).

Aos 24 anos, fez o seu primeiro Haj (peregrinação) e quatro anos mais tarde, o segundo. Embora as outras peregrinações não fossem obrigatórias para si, o desejo pelo Haram-Sharif inspirou-o a efectuá-las. Ele também participou nas lições de Hadices de Abdur-Razzák, o grande Muhaddice de Yémen. Na altura estava sem dinheiro. Quando foi para Kufa, hospedou-se em casa duma senhora. Devido à extrema pobreza e falta de meios, utilizou um tijolo como almofada.

 

Assim, foi incapaz de ir para Rai embora tivesse um enorme desejo para tal, pelo facto de lá residir o grande e famoso teólogo Jarir Ibn Abdul Hamid. Sempre que fosse oportuno, viajava a pé ou acompanhava alguma caravana que porventura estivesse indo naquela direcção.

Costumava permanecer por algum tempo naquele local, participando nas lições de qualquer Sheikh. Tinha um relacionamento especial com Imám Sháfei (RA), e sempre que fosse para Makkah, participava nas lições dele. Certa vez, Imám Sháfei (RA) disse-lhe: “Ó Ahmad! A sua perspectiva em relação aos Hadices é bastante vasta. Informe-me caso alguma das minhas opiniões estiver em conflito com o Hadice.

 

Imám Ahmad (RA) tinha um grau de piedade tão elevado que nunca trabalhou para algum posto governamental, nem gostava da pessoa que assim o fizesse. Tal era a sua antipatia relacionada a esse facto, que chegou a cortar todo tipo de relação e contacto com o seu filho Sáleh, por este ter recebido um emprego por parte do Khalifa Abbási, Mutawakkil Billah.

Certa vez, o Khalifa Harun-ar-Rashid disse a Imám Sháfei (RA): “Há necessidade de se colocar um juíz em Yémen. Escolha um, visto a sua opção ser mais apropriada.

Durante esse tempo, Imám Ahmad (RA) costumava participar nas aulas de Imám Sháfei (RA). Quando este encorajou-o a aceitar a proposta, Imám Ahmad (RA) respondeu abertamente: “Eu vim ter consigo para aprender Hadices e não para procurar emprego ou para ser juíz.” Imám Sháfei (RA) permaneceu em silêncio, apercebendo-se do seu calibre.

 

Certa vez, Imám Ahmad (RA) passou fome durante 3 dias. Depois do terceiro dia, a sua esposa pediu emprestado à vizinha um pouco de farinha, que apressadamente preparou alguns pães e apresentou-os de seguida ao marido, que perguntou: “Como é que os pães foram preparados tão rapidamente?

A esposa respondeu: “O forno de Sáleh estava quente e eu preparei-os lá, pois sabia que estavas bastante esfomeado.

Ele disse: “Retire este pão que fora preparado no forno de Sáleh e feche a porta que se encontra virada em direcção à casa de Sáleh”. O seu filho Abdullah disse que certa vez, o pai teve que residir no palácio com o Khalifa Abbási. Contudo, ele nunca chegou a comer na mesa real e jejuou durante 16 dias. Depois destes 16 dias, comeu alguma cevada poleirada, moída e feita em massa, num lugar distante do palácio real. Esta fome causou um declínio na sua saúde, resultando numa fraqueza que durou por 6 meses.

 

Noutra passagem, Abdullah (seu filho) conta que durante a era do Khalifa Wáthiq, a família passava por momentos de escassez e pobreza. Alguém escreveu ao pai dizendo: Possuo 4.000 dirhams e é meu desejo que os utilize para as suas necessidades. Ele recusou-se a aceitá-los, embora a pessoa continuasse a insistir para que os aceitasse. O filho disse-lhe que o dinheiro que lhe estava sendo ofertado não era Sadaqah (caridade) mas sim uma oferta, ao que respondeu: Quando o dinheiro for gasto, a mesma condição prevalecerá.

Um vendedor jurou que iria dar 10.000 dirhams do seu lucro a Imám Ahmad (RA), ao que lhe recusou dizendo: “Nós estamos bem. Que ALLAH te conceda muito Barakah (bençãos).

Noutra ocasião, um comerciante apresentou-lhe 30.000 dirhams e ele recusou-se a aceitá-los, indo-se embora logo de seguida. Imám Ahmad (RA) costumava ir à Yémen para participar nas lições de Hadice dirigidas pelo Sheikh Abdur-Razzák. Quando este soube da sua pobreza, deu-lhe um punhado de moedas de ouro para uso pessoal, ao que recusou-se a aceitá-las dizendo: “ALLAH Ta’ála está preenchendo as minhas necessidades. Não necessito da sua oferta”.

 

De entre os Khalifas Abbássis, Mutawakkil era o que vigorosamente se opunha a qualquer tipo de inovação no Din. Ele também detestava opiniões filosóficas e lógicas no Din. Quando se tornou Khalifa, demonstrou muito respeito e conferiu grande honra a Imám Ahmad (RA). Tentou remediar todos os sofrimentos e dificuldades pelos quais o Imám havia passado antes do seu Khiláfat. Demitiu todos os cortesãos que haviam instigado as crenças inovativas a respeito do Al-Qur’án e solicitou ao Imám para que apresentasse pessoalmente ao corte, oferecendo-lhe 20.000 moedas.

 

Noutra ocasião, enviou 100.000 dirhams, mas Imám Ahmad (RA) recusou-se dizendo: “A minha farma é suficiente para mim. O que é que farei com este peso (de dinheiro)?” O Khalifa Mutawakkil disse-lhe para que pedisse ao seu filho para aceitar o dinheiro, ao que respondeu: “Ele possui a sua escolha”.

As pessoas que trouxeram o dinheiro ao Imám Ahmad (RA) disseram: “É uma ordem do Amirul- Mu’minin e se não quiser aceitá-lo, então que o distribua entre os pobres e necessitados.

Ele respondeu: “Existem mais pobres e necessitados à porta do Amirul-Mu’minin do que à minha. Por isso, se quiserem distribuir o dinheiro entre eles, então que vão lá”. Abdullah disse que quando Mutawakkil começou a receber e honrar Imám Ahmad (RA), este disse: “Este teste é maior do que o anterior. Se aquele era um teste a respeito do Din, este é um que está relacionado ao mundo material.

 

Certa vez, alguém perguntou ao Imám Ahmad (RA) sobre o que significava Tawakkul. Ele respondeu: “Tawakkul significa não depender ou aguardar em expectativa de qualquer coisa ou pessoa, excepto de ALLAH “. O seu filho Sáleh disse que o pai nunca pediu a alguém que lhe trouxesse àgua para o Wuzú. Ele costumava carretar pessoalmente a àgua do poço. Caso o balde aparecesse cheio de àgua, ele dizia: “Al-hamdulillah (todos os Louvores são para ALLAH).

 

Certa vez, Imám Ahmad (RA) viu ALLAH no sonho. Ele perguntou-Lhe: “Ó ALLAH! O que Te é querido?” ALLAH respondeu-lhe: “A recitação do (Sagrado) Al-Qur’án”. Ele tornou a perguntar: “A recitação com compreenssão do significado ou sem o mesmo? ALLAH disse: “Em ambas as condições (isto é, com ou sem perceber o significado).

 

Uma pessoa veio ter com Imám Ahmad (RA) e disse-lhe: Minha mãe atingiu a velhice e encontra-se paralisada. Peça Duá a ALLAH para que ela recupere. Imám Ahmad respondeu: “Eu próprio necessito dos Duás dela”. Depois disso, ele fez Duá a favor da senhora. Quando a pessoa chegou à casa e bateu à porta, sua mãe veio abrí-la. Ela disse ao filho: “Eu recuperei-me. Muito provavelmente, Imám Ahmad (RA) fez Duá para mim.

 

Imám Ahmad (RA) compilou vários livros. De entre eles, o “Mussnad Ahmad” é uma das mais famosas e autoritárias obras no campo de Hadices. Se este livro fosse escrito ao estilo destas letras aqui escritas, poderia abranger aproximadamente 20.000 páginas!

O seu filho Abdullah disse: “Meu pai compilou este livro a partir de um total de 70.000 Hádices.

Na era de Imám Ahmad (RA), os líderes eram também bastantes corruptos. Desperdiçavam o seu tempo a debater assuntos islâmicos mesquinhos, sem contudo estarem habilitados para tal. Um desses assuntos estava relacionado com o Al-Qur’án. Tal como ALLAH criou todas as coisas/criaturas (Makhluq), eles argumentavam de que o Al-Qur’án era também uma criação de ALLAH, e que por conseguinte, não é um Sifat (Atributo), nem é eterno. Devemos estar cientes de que uma crença só pode fazer parte do Islam se não foi censurada no Al-Qur’án nem nos Hadices. Se uma determinada crença não foi mencionada no Al-Qur’án e nos Hadices, nem existe alguma mênção dos notáveis Sahábas ou pelos Imámes que os seguiram nos respectivos livros de jurisprudência, será inapropriada e inaceitável.

 

A correcta crença islâmica é de que, tal como ouvir, ver e possuir conhecimento infinito são atributos aceitáveis de ALLAH, a fala e o discurso são também atributos aceitáveis de ALLAH. A tragédia instalou-se porque os portadores desta crença restringiram-na a si próprios e chegaram ao ponto de incutí-la nos governantes Abbássis; até foi feito um anúncio para o efeito, em que todos os muçulmanos deveriam crer de que o Al-Qur’án é uma criação e não um atributo de ALLAH. A audácia e o descaramento deste erro criou obviamente uma grande contestação entre os piedosos Ulamá (teólogos jurisprudentes).

 

Este episódio fez recordar às pessoas de que foi esta mesma família real Abbássi que inflingiu setenta chicotadas a Imám Málik (RA), fazendo-o deambular pelas ruas, montado num camelo. As pessoas tornaram-se perplexas e confusas. Algumas pediram Duás, outras preferiram permanecer dentro de casa, e outras chegaram a falar em abandonar o lugar de Fitnah (corrupção) a fim de alcançarem a salvação. Os muçulmanos tinham que escolher entre a pressão ou aceitar de que o Al-Qur’án é Makhluq (criação) de ALLAH.

 

Quando Imám Ahmad (RA) soube acerca desta nova crença, nem optou por pedir Duá e nem ficou sentado por detrás das portas. Em vez disso, ele proclamou abertamente de que esta crença era incorrecta e não tinha lugar no Din. Era um pronunciamento dos ociosos que se extraviaram do caminho certo. Foi ter com eles e declarou que isso não era ensinamento de Nabi ((SALLALLAHO ALAIHI WASSALAM)) nem dos Sahábas (RTA).

Quando os corteiros ouviram a posição do Imám, instigaram o Khalifa de que aquela oposição era sinónimo de desobediência e o castigo para tal era a prisão. Levantou-se então uma situação triste e desagradável, pois o Khalifa decidiu prender Imám Ahmad (RA) e desfilá-lo num camelo pelo corte.

 

O Khalifa disse: “Ó Ahmad! Eu escolhi esta crença após tê-la compreendido bem. Caso tenhas alguma dúvida a respeito da mesma, está aqui um Álim no meu corte; tire as suas dúvidas através dele”. O Imám respondeu: “Louvores para ALLAH, esta crença nem fora ensinada por ALLAH Ta’ála, nem por Nabi ((SALLALLAHO ALAIHI WASSALAM)) em toda a sua vida. Nem um dos quatro Khalifas (RTA), nem qualquer dos grandes Sahábas (RTA) explicou essa crença. Por isso, como pode este Álim infortuno, que nada sabe acerca do Din, explicar-me o contrário? Qual é o ponto desta discussão e qual é a prova dele?

Se tu ou os Ulemá do teu corte puderem provar esta crença através do Al-Qur’án e Hadices, nesse caso, eu estou disposto a aceitá-la. Uma mera aglomeração de palavras jamais mudará a minha crença.”

 

Quando Mu’tassim tornou-se Khalifa, Imám Ahmad (RA) teve uma discussão interessante com ele. Afirmou: “Quando me apresentei perante Mu’tassim, este disse-me: Aproxima-te. Assim, aproximei-me, fiz Salám a ele e disse-lhe: Para que assunto o filho do seu tio chamou o Quraish e Abbass?

Mu’tassim respondeu: “Para Lá Iláha Illalláhu, que ALLAH é Um e não tem parceiros”. De seguida, narrou-lhe o Hadice de Abdullah Ibn Abbass (RTA) no qual o Profeta ((SALLALLAHO ALAIHI WASSALAM)) ensinou à tribo árabe de Abdul Qais, os princípios fundamentais do Isslam, e perguntou-lhe: “Será que esta crença também inclui o facto de a pessoa não poder ser chamada de muçulmana, se não crer que o Al-Qur’án é Makhluq. Mu’tassim não respondeu e pediu a Abdur-Rahman (que era de entre os que instigaram o governo a forçar às pessoas a aderirem a tal crença) para responder a Imám Ahmad (RA) e interrogá-lo se necessário. Abdur-Rahman perguntou a minha opinião acerca do Al-Qur’án. Eu perguntei-lhe qual era a sua opinião quanto ao Ilm (conhecimento) de ALLAH, ao que não teve resposta. Eu continuei dizendo que na realidade o Al-Qur’án era o “conhecimento” de ALLAH e aquele que alegar que o conhecimento de ALLAH é Makhluq, ele descreu (cometeu Kufr). Abdur-Rahman não fora capaz de responder. Naquela sala, os Ulamá gritavam: “Imám Ahmad proclama a todos nós como sendo káfires (descrentes)!

Abdur-Rahman disse: “Houve uma altura em que ALLAH  esteve presente (existiu) sem que o Al-Qur’án estivesse.

Em relação a isso, perguntei-lhe: “Será que alguma vez é possivel ALLAH existir e o Seu conhecimento não existir? Traga alguma prova do Al-Qur’án ou dos Hadices”. Um colega de Abdur-Rahman, Ibn Abu Dawud, disse: “A discussão deve estar baseada em ambos, Al-Qur’án e Hadices, e no Aql (lógica ou intelecto)”.

Eu perguntei-lhe: “Além do Al-Qur’án e Hadices, será que o Din está baseado em algo mais, pois eu encontro todos os assuntos do Din, apenas no Al-Qur’án e nos Hadices”.

 

Quando o Imám estava sendo levado em direcção a Tartus, foi perguntado se uma espada fosse colocada sobre a sua cabeça, será que aceitaria esta crença, ao que respondeu: “Nunca!” Enquanto esteve preso, os Ulamá foram ter com ele e disseram-lhe: “Salvar a sua vida é obrigatório; porém, podes manter a tua crença para ti mesmo, mas cumpra a crença deles para salvares a tua vida (i.é, deveria dizer uma coisa e crer noutra)”. Imám Ahmad (RA) respondeu: “Isso jamais pode ser feito, pois o Profeta ((SALLALLAHO ALAIHI WASSALAM)) mencionou que passaram pelo mundo pessoas que não deixaram a verdade mesmo com um serrote colocado sobre a cabeça, para ser cortada como madeira”. Estando no mês de Ramadhán, o Imám bebeu apenas água (no Sehri) e continuou a jejuar. Quando foi chicoteado, desmaiou. As suas roupas rasgaram-se e o corpo inteiro encontrava-se ensanguentado. Depois recuperou os sentidos e algumas pessoas trouxeram-lhe água, mas ele recusou-a dizendo que não podia quebrar o seu Jejum.

 

Na hora de Zuhr, foi levado à casa de Ibrahim e efectou o Salát naquela mesma condição (ensanguentado).

Após o Salát, Ibn Sima, que também era um Imám, perguntou-lhe como é que havia efectuado o Salát com o sangue escorrendo pelo seu corpo. Imám Ahmad (RA) respondeu Umar (RTA) fez o Imámat (dirigir o Salát) enquanto o sangue escorria no seu corpo; o sangue jorrava como uma fonte e ele completou o Salát naquela mesma condição.

De seguida perguntou-lhe: “Qual é a sua opinião a respeito do Salát de Sayidina Umar (RTA)? Era válido ou não?” Ibn Sima ficou estupefacto.

NOTA: Efectuar o Salát enquanto o sangue estiver a escorrer pelo corpo apenas é permissível em certas circunstâncias. A regra geral é de que o Salát não é considerado válido enquanto o sangue não for limpo, pois com o fluxo de sangue quebra-se o Wuzú e com o Wuzú quebrado, o Salát torna-se inválido.

 

As oitenta chicotadas que o Imám suportou foram tão severas que, se no seu lugar um elefante tivesse sido chicoteado, poderia ter gritado. Contudo, o Imám não emitiu um único ruído; pelo contrário, continuou dizendo: “O Al-Qur’án é a palavra de ALLAH e não Makhluq.

O estatuto de Imám Ahmad (RA) era tão elevado que grandes eruditos costumavam afirmar que aquele que possuir amor por Imám Ahmad (RA) é de facto um seguidor do Sunnat. Imám Sháfei (RA) teve um sonho relacionado às dificuldades com que Imám Ahmad (RA) iria passar. Ele escreveu-o acerca deste sonho: “Eu vi o Profeta ((SALLALLAHO ALAIHI WASSALAM)) no meu sonho, dizendo-me para que enviasse os seus Saláms para Ahmad e informar-lhe de que num futuro muito próximo, ele teria que passar por testes a respeito do Khalq-ê-Qur’án (Al-Qur’án como criação), mas que ele não deverá admiti-lo, e em virtude disso o conhecimento dele permanecerá até ao Dia de Quiyámah”. Quando Imám Ahmad (RA) recebeu a carta, começou a chorar. Depois enviou com um portador a sua camisa para Imám Sháfei (RA). Quando o portador chegou ao Egipto, Imám Sháfei (RA) apercebeu-se de que ele havia enviado a camisa como recompensa da carta, e disse: “Humedeça a camisa com água e dê-me para que eu possa obter Barakah (bençãos) dela”.

 

Embora Mu’tassim tivesse ordenado o chicote e a tortura para Imám Ahmad (RA), mais tarde, veio a arrepender-se profundamente pelas suas acções, enviando um representante seu para se informar acerca da saúde de Imám Ahmad (RA). Quando ouviu que as feridas tinham cicatrizadas, ficou bastante satisfeito.

Mas embora as feridas tivessem cicatrizadas, os efeitos posteriores permaneceram até à sua morte. Imám Ahmad (RA) perdoou a todos, excepto os eruditos que conduziram os Khalifas Abbássis para o caminho da perdição.

Quando Abu Tayalasi, um grande Álim de Bassorá, ouviu acerca da sua história, retorquiu: “Se Imám Ahmad (RA) estivesse vivo na era de Bani Issra’il, provavelmente teria atingido o estatuto de Nabi (Profeta)”. Imám Sháfei (RA) costumava dizer: “Não encontrei no Iráque um Álim maior e mais temente a ALLAH do que Imám Ahmad (RA)”. Humaid (RA), professor de Imám Bukhari (RA), costumava dizer: “A morte de Sufian Thauri (RA) trouxe o fim do Taqwá (piedade), a de Imám Sháfei (RA) divulgou o fim do Sunnat e a de Imám Ahmad (RA) trouxe consigo o temor pela destruição do Din e aumento da inovação”.

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