As virtudes da crença

12-08-2010 14:44

 

“Que crêem no Invisível...” (Alcorão Sagrado, Surata 2, Versículo 3)

 

Uma vez dois homens embarcaram numa jornada tanto por prazer quanto por negócios. Um partiu numa direcção inauspiciosa e egoísta; o outro num caminho divino e propicioso.

 

Uma vez que o homem egoísta era tão convencido, quanto egocêntrico e pessimista, ele foi parar no que lhe parecia a ele ser um país horrível, devido ao seu pessimismo. Ele olhou à sua volta e em todos os lugares viu os fracos e os infortunados lamentando-se sob o jugo e a destruição de temerosos tiranos. Ele viu a mesma triste e dolorosa situação por todos os lugares por onde viajou. O país todo tomou a forma de uma casa de lamentação. Com excepção das alturas em estava bêbado, ele não conseguia encontrar uma forma de não reparar nesta triste situação, pois todos pareciam ser um inimigo ou estrangeiro. E por toda parte ele via órfãos a chorar e desesperados com a sua situação. A sua consciência estava num estado de tormento.

 

O outro homem era religioso, devoto, justo, e com óptimas morais tanto que o país a que ele chegou agradava muito ao seu olhar. Este bom homem viu uma jubilação universal na região a que havia chegado. Por toda parte havia um festival cheio de alegria, um lugar para a recordação de Deus transbordando com êxtase e alegria; todos pareciam ser um amigo e colega. Ao invés de lamentar pelo sofrimento, tanto dele como o de um povo, à semelhança do primeiro homem, este homem afortunado estava satisfeito e feliz tanto com sua a própria alegria e com a de todos os habitantes. Além do mais, ele conseguiu lucrar um pouco no comércio. Ele agradeceu a Deus.

 

Depois de algum tempo ele regressou e cruzou com o outro homem. Ele entendeu a sua condição, e disse-lhe: “Você estava fora do seu juízo. O horror dentro de si deve ter sido reflectido no mundo externo, por isso você imaginou o riso como lamentação. Recupere a razão e purifique o seu coração para que esse calamitoso véu seja erguido dos seus olhos e então veja a verdade. Pois o país de um rei indubitavelmente justo, compassivo, beneficente, poderoso, amante da ordem e gentil, não poderia ser da forma que imaginou, nem poderia ser um país que demonstrava tal número de sinais claros de progresso e conquista”. O homem descontente mais tarde recuperou a razão e arrependeu-se. Ele disse, “Sim, eu estava louco devido à bebida. Que Deus esteja satisfeito com você, salvou-me de um estado infernal”.

 

O primeiro homem representa um descrente, ou alguém depravado e negligente. Nesta visão, o mundo é uma casa de lamentação eterna. Todas as criaturas vivas são órfãs, lamentando os golpes da morte e da separação. O homem e os animais estão sozinhos e sem vínculos, que estão a ser dilacerados pelas garras da hora marcada. Poderosos seres como as montanhas e oceanos são como corpos horrendos e sem vida. Muitas tristes e aterrorizadoras desilusões como estas surgem da descrença e da má orientação, e tormentam este tipo de pessoas.

 

Quanto ao outro homem, é um crente. Ele reconhece e afirma Deus Todo-Poderoso. Do seu ponto de vista, o mundo é uma casa onde o Nome do Todo-Misericordioso é constantemente recitado, um lugar de instrução para o homem e os animais, e um campo de exame para o homem e o djins. Todas as mortes dos animais e humanos são uma consequência natural da ordem da vida. Aqueles que completaram os seus deveres desta vida partem deste mundo para outro, que é feliz e sem preocupações. Cada ser vivo é um soldado comum cheio de alegria, um oficial honesto e contente. Todas as vozes, tanto de glorificação a Deus e de recitação dos Seus Nomes no começo dos seus deveres, e o agradecimento e satisfação ao terminarem o trabalho, ou as canções que surgem da alegria no trabalho.

Na visão de um crente, todos os seres são amigáveis, cordiais e agradáveis

 

Isso significa que a segurança e a protecção só são encontradas no Islão e na crença. Então, nesse caso, devemos continuamente dizer, “Louvado seja Deus, pela religião do Islão e pela crença perfeita”.

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