A importância do Sunna

10-04-2009 23:25

ALLAH afirma no Al-Qur’án:

“Diga (Ó Muhammad), se vós amais ALLAH, sigai-me, ALLAH amar-vos-á e perdoará os vossos pecados, e ALLAH é O Perdoador, Misericordioso”.

No Islão, o cumprimento do Sunnat (tradições) do sagrado Profeta (que a Paz e Bençãos de Deus estejam com ele) é um facto muito importante, pois não se pode expressar amor por ALLAH enquanto não o traduzirmos em acções, pela aderência rigorosa ao Sunnat do querido Profeta (que a Paz e Bençãos de Deus estejam com ele).

 

Este facto é corroborado pelo versículo acima mencionado. O belo e abrangente estilo de vida do nosso querido Profeta (que a Paz e Bençãos de Deus estejam com ele) é sem dúvida um guia suficiente para nós. Por conseguinte, é nosso dever obedecermos na íntegra aos mandamentos de ALLAH consoante a explicação e prática do Mensageiro de Allah (que a Paz e Bençãos de Deus estejam com ele), para assim salvaguardarmo-nos da prática de inovações (Bid’ah) que aparentemente parecem-nos boas, mas que na realidade são condenáveis.

 

ALLAH afirma noutro versículo do Al- Qur’án:

“Ó vós crentes! Obedecei a ALLAH e obedecei a Mensageiro de Allah (que a Paz e Bençãos de Deus estejam com ele)”.

Este versículo é bastante claro de que o caminho da verdade, o caminho que nos guia para o nosso Criador, nunca pode ser o caminho que diverge do Sunnat do Mensageiro de Allah (que a Paz e Bençãos de Deus estejam com ele).

 

O Mensageiro de Allah (que a Paz e Bençãos de Deus estejam com ele) indicou-nos este caminho em termos bastante claros. Ele não deixou qualquer ambiguidade a respeito desse caminho que o Ummat deve seguir e trilhar rumo à meta final do sucesso eterno e da salvação. O caminho de ALLAH e o do Mensageiro de Allah (que a Paz e Bençãos de Deus estejam com ele), pelas palavras do Mensageiro de Allah (que a Paz e Bençãos de Deus estejam com ele), é o caminho “Em que eu e os meus Sahábas nos encontramos”.

 

O caminho que se distancia do bem já prescrito e do Mensageiro de Allah (que a Paz e Bençãos de Deus estejam com ele) e seus Sahábas (que Deus esteja satisfeito com eles) não é o caminho do Sunnat. Esse não é o caminho desejado por ALLAH para o Ummat do Islão, nem aquele que os seguidores de Muhammad (que a Paz e Bençãos de Deus estejam com ele) terão que trilhar.

 

Os verdadeiros seguidores

 

Alguns grupos heréticos e desviados reivindicam seguir o Sunnat do Mensageiro de Allah (que a Paz e Bençãos de Deus estejam com ele). Qual será então o critério através do qual se possa verificar a afirmação correcta dos diferentes reivindicadores?

 

O Mensageiro de Allah (que a Paz e Bençãos de Deus estejam com ele) indicou-nos um sinal distinto através do qual as pessoas cumpridoras do Sunnat poderão ser reconhecidas. Pelas palavras do Mensageiro de Allah (que a Paz e Bençãos de Deus estejam com ele), esse emblema e sinal brilhante é o caminho dos seus Sahábas, que transmitiram ao Ummat todos os detalhes relacionados com os Sunnats do Mensageiro de Allah (que a Paz e Bençãos de Deus estejam com ele). Fazendo uma análise minunciosa, pode-se notar que de entre todos os grupos que reivindicam pelo Islão e pelo Sunnat, apenas um único aceita o Sunnat tal como foi interpretado pelos Sahábas, colocando de lado todas as opiniões, razões e lógicas quando estas entram em conflito com os pronunciamentos e directivas dos Sahábas. Esse grupo, denominado “Ahlus-Sunnah Wal Jamá’ah”, advoga a obediência rigorosa aos mínimos detalhes dos Sunnats do Profeta (que a Paz e Bençãos de Deus estejam com ele).

 

As práticas, crenças e costumes dos seguidores do Mensageiro de Allah (que a Paz e Bençãos de Deus estejam com ele) nunca devem variar do Sunnat tal como ensinados pelos companheiros do Mensageiro de Allah (que a Paz e Bençãos de Deus estejam com ele). Por isso, caso alguma acusação de heresia, “kufr” ou “irtidád” for rotulada contra qualquer muçulmano seguidor de Sunnat, estes devem ser examinados à luz dos Sunnats seguidos pelos Sahábas (que Deus esteja satisfeito com eles).

 

A tolerância e a unidade

 

Neste contexto, torna-se categoricamente provado que no Islão, as acções são aceites somente quando estiverem baseadas na crença islâmica sólida. As opiniões anti-islâmicas jamais devem ser toleradas ou acomodadas pelos verdadeiros crentes desta nobre religião. No que diz respeito àqueles que clamam pela tolerância e unidade à custa dos princípios islâmicos, esses devem ser totalmente ignorados, visto estarem a pedir algo que não é possível.

 

Como é possível conciliar o Imán (fé) e o Kufr (descrença)? Certamente que não existe lugar para o forjamento da dita “unidade” com grupos e indivíduos desviados. O grande slogan de Unidade não tem sentido algum no Islão. Uma outra ideia proposta por alguns simpatizantes dos grupos desviados é de o Ahle-Haq (grupo que sustenta a verdade) tentar fortificar a unidade com estes grupos em assuntos de ponto de vista comum, enterrando as respectivas diferenças. Aparentemente isso soa muito bem; porém, não passa de mais uma fantasia. Isso é hipocrisia no seu auge.

Repetimos! Como é que se pode unificar o Imán e o Kufr em bases comuns? Quando a diferença é de natureza fundamental, a unicidade está fora de questão, não existindo compromisso no Islão. Ou se ergue sob a plataforma da verdade ou se juntam as mãos com o grupo Bátil (falso), traindo assim o próprio Din.

 

Por isso, a crença na Unicidade de ALLAH implica a crença no Seu Sagrado Profeta (que a Paz e Bençãos de Deus estejam com ele) e no glorioso Din para a orientação de toda a Humanidade.

Se alguém proclama crer na Unicidade de ALLAH e no Nabuwwat (Profecia Divina) de Muhammad (que a Paz e Bençãos de Deus estejam com ele), mas simultaneamente discorda dos ensinamentos do Profeta (que a Paz e Bençãos de Deus estejam com ele) a respeito do Dia de Quiyámah, Jannah, Jahannam, Taqdir (destino), Maláikas (anjos), milagres, etc., argumentando que tais ensinamentos são contra o bom-senso, ele não pode ser considerado um muçulmano. Rejeição ou menosprezo a qualquer facto pregado por Mensageiro de Allah (que a Paz e Bençãos de Deus estejam com ele) é um acto de Kufr (descrença). Assim sendo, o praticante de tal acto sai fora do círculo de Islão.

 

A aquisição do taqwá

 

ALLAH Ta’ála afirma no Sagrado Al-Qur’án:

“Ó crentes! Temei ALLAH no verdadeiro sentido de temor, e não morreis senão como muçulmanos”.

À luz do versículo acima citado, deduz-se que para a aquisição do verdadeiro Taqwá (temor a ALLAH que colocará o olhar do crente somente sob o Ákhirah e afastará a sua atenção desta efémera existência) é necessária uma rigorosa observância em todos os aspectos do Sunnat do Mensageiro de Allah (que a Paz e Bençãos de Deus estejam com ele).

 

O verdadeiro Mú’min (crente) que se esforça para alcançar a satisfação de ALLAH, ou que obteve um mínimo de consciência em ALLAH, não permite a si próprio de se deixar levar pelos pseudo-teólogos e auto-intitulados reformistas religiosos, através da explicação técnica e definições do termo Sunnat.

O objectivo de se categorizar o Sunnat em várias classificações não é para se incentivar o desleixo na sua prática. Independentemente da classe ou grau designado a qualquer prática Shari (religiosa), ela é parte integral do todoabrangente Sunnat do nosso Profeta (que a Paz e Bençãos de Deus estejam com ele).

 

Assim sendo, todo o crente deve considerar a prática do Sunnat, de extrema importância a ser adoptada na sua vida quotidiana. Por isso, independentemente da prática ser Sunnatul- Muakkidah, Ghair-Muakiddah, Musstahab ou Nafl, um verdadeiro crente irá tratá-la com o máximo respeito e observá-la meticulosamente, com todos os seus Ádábs (respeito), visto a mesma ter sido uma prática e preferência do nosso querido Profeta (que a Paz e Bençãos de Deus estejam com ele). Não nos importa quanto pequena ou insignificante pareça; a exigência do Imán é de aceitar tais práticas com todo o amor e respeito.

  

A reavivância do sunnat

 

O desrespeito por qualquer preferência do Mensageiro de Allah (que a Paz e Bençãos de Deus estejam com ele) é um acto extremamente grave e de degeneração espiritual. Mensageiro de Allah (que a Paz e Bençãos de Deus estejam com ele) é mais querido ao muçulmano do que os seus próprios pais e filhos.

Por isso, as pequenas práticas no Din que foram sacrificadas no altar do modernismo sob o impacto da influência ocidental, devem ser reinstauradas e aderidas, caso desejamos adquirir o verdadeiro Taqwá.

Hoje, a necessidade de se reavivar o Sunnat é maior, uma vez que muitos deles foram esmagados pelos muçulmanos que se divorciaram do espírito do Islão.

 

A reavivação de um Sunnat em tempos de corrupção é um sacrifício de mais alto mérito. Reavivar um Sunnat é de facto reavivar e estabelecer o Din de ALLAH, que é expresso nas palavras do Mensageiro de Allah (que a Paz e Bençãos de Deus estejam com ele) que disse: “Aquele que se apegar ao meu Sunnat na altura em que o meu Ummat tiver-se tornado corrupto, a respeito do mesmo receberá a recompensa de 100 mártires”.

 

Hoje o maior Jihád é reavivarmos e fortificarmos a prática de todos os Sunnats do Mensageiro de Allah (que a Paz e Bençãos de Deus estejam com ele) na sua totalidade. A suspensão do Sunnat – as maneiras, costumes, hábitos, gostos e desgostos do Profeta (que a Paz e Bençãos de Deus estejam com ele) – através da desordenada exigência das culturas materialistas e de Kufr adoptadas pelos muçulmanos, têm deturpado o Imán (crença) dos muçulmanos.

Por isso, é necessário desencadear-se uma batalha a fim de se salvaguardar e desenvolver o empobrecido Imán dos muçulmanos, que se distanciaram do Sunnat do Mensageiro de Allah (que a Paz e Bençãos de Deus estejam com ele).

 

Nesta atmosfera do anti-Sunnat, o Taqwá é um conceito estranho e alheio e não somente aos modernistas, mas também aos Ulamás. O Islão tornou-se hoje estranho aos muçulmanos. Parece-nos que a seguinte afirmação do Mensageiro de Allah (que a Paz e Bençãos de Deus estejam com ele) adapta-se perfeitamente à nossa realidade: “Certamente, o Islão começou num estado de abandono e desespero e retornará ao estado de abandono e desespero; por conseguinte, parabéns aos abandonados”. Entre os seus próprios aderentes, o Islão é hoje estranho e abandonado.

 

À base do que fora mencionado, chegamos às seguintes conclusões:

  • Não é possível a obediência à ALLAH sem a obediência ao Seu mensageiro Muhammad (que a Paz e Bençãos de Deus estejam com ele).
  • Os puros ensinamentos do Profeta Muhammad (que a Paz e Bençãos de Deus estejam com ele) são aqueles que foram transmitidos pelos nobres Sahábas (que Deus esteja satisfeito com eles).
  • Não nos podemos aliar a grupos com opiniões ou ideologias que ferem aos ensinamentos do Profeta (que a Paz e Bençãos de Deus estejam com ele) por mais atraentes que pareçam.
  • Não é possível obtermos o verdadeiro Taqwá (temor a ALLAH) sem cumprirmos na íntegra os Sunnats do nosso querido Profeta (que a Paz e Bençãos de Deus estejam com ele) e seguirmos o caminho dos Sahábas (que Deus esteja satisfeito com eles).
  • Reavivar um Sunnat nos dias de corrupção é o mesmo que restabelecer o Din de ALLAH e quem o fizer, poderá receber a recompensa de 100 mártires (Inshá-Allah).

 

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