As virtudes da oração

12-08-2010 14:44

 

"As orações prescritas são o pilar da religião." (Hadice do Profeta Muhammad (que a Paz e Bênçãos de Deus estejam com ele))

 

Se você quiser entender com clareza que "dois vezes dois é igual a quatro", então quão valiosas e importantes são as orações prescritas (as orações 5 vezes por dia, ou seja, o "salat"), e que com tão pouco custo são ganhas, e quão louca e prejudicial é a pessoa que as negligência.

 

Uma vez, um governante poderoso deu a cada um dos seus dois empregados vinte e quatro moedas de ouro e mandou-os cada um para uma das suas ricas propriedades a duas semanas de distância. “Usem este dinheiro para as suas passagens”, ele ordenou-os, “e comprem o que for necessário para a sua casa com este dinheiro. Há uma estação a um dia de distância daqui. E portanto há um transporte rodoviário, uma ferrovia, barcos e aviões. Vocês podem beneficiar deles de acordo com o seu capital.”

 

Os dois empregados partiram após receberem estas instruções. Um deles foi inteligente, pois gastou apenas uma moeda do dinheiro no caminho até a estação. E incluído nessa despesa estavam negociações tão lucrativas e agradáveis ao seu mestre que o seu capital aumentou milhares de vezes. Quanto ao outro servo, visto que era um indivíduo preguiçoso, gastou vinte e três moedas de ouro no seu caminho até a estação, desperdiçando-as em jogos de azar e diversão. Uma única moeda de ouro restou. O seu amigo disse-lhe: “Gaste esta última moeda de ouro num bilhete para que assim você não tenha que caminhar por toda a viagem e morrer de fome. Além disso, o nosso senhor é generoso; talvez ele sinta pena de si e lhe perdoe as suas faltas, e lhe coloque num avião também. Então deveremos chegar num dia a onde viveremos. Senão você será compelido a caminhar sozinho e faminto através do deserto que leva dois meses para atravessar.”

 

Qualquer pessoa que tem inteligência pode entender quão tolo, prejudicial, e estúpido ele seria se por obstinação não gastasse num bilhete aquela única moeda de ouro que lhe restava, que como uma chave para um tesouro, ao invés de gastá-la no vício por prazeres passageiros. Não concorda?

 

O governante, por comparação, é o nosso Sustentador, o nosso Criador. E dos dois empregados viajantes, um representa o devoto que faz as orações com fervor, e o outro, o insensato que negligencia as suas orações. As vinte e quatro moedas de ouro são a vida em cada uma das vinte e quatro horas do dia. E o reino é o Paraíso. Quanto à estação, é o túmulo, enquanto a viagem é a passagem do homem ao túmulo, e em seguida à Ressurreição e a Eternidade. Os homens percorrem essa longa viagem a diferentes graus de acordo com suas acções e a força do seu temor a Deus no mundo. Alguns dos verdadeiros devotos cruzaram uma distância de mil anos num dia como um relâmpago. E alguns atravessaram uma distância de cinquenta mil anos num dia com a velocidade da imaginação. O Alcorão alude a essa verdade em dois versículos.

 

O bilhete da viagem na comparação representa as orações prescritas. Uma única hora por dia é o suficiente para as cinco orações diárias, juntamente com o fazer as abluções. Portanto, que perda uma pessoa tem quando gasta vinte e três horas nesta fugaz vida mundana e não gasta pelo menos uma hora na vida eterna do Além. Pois qualquer um que se considera razoável entende quão contrário à razão e à sabedoria a conduta de tal pessoa é, e quão longe da razão ele chegou, se, pensando ser razoável, ele dá metade de sua propriedade a uma lotaria na qual mil pessoas estão a participar e a possibilidade de ganhar é de uma para mil, e não dá uma de vinte e quatro horas a um tesouro eterno onde a possibilidade de ganhar é confirmada com de noventa e nove para cem?!

 

Além disso, o espírito, o coração e a mente encontram grande tranquilidade na oração. E não é difícil para o corpo. Ainda mais, com a intenção boa, todas as outras acções de alguém que faz as orações prescritas tornam-se como uma adoração. Deste modo, ele pode tornar a sua vida passageira mundana numa vida eterna no Paraíso depois da morte.

—————

Voltar